Avaliação nutricional na criança com câncer em Unidade de Terapia Intensiva

Avaliação nutricional na criança com câncer em Unidade de Terapia Intensiva
Patricia Padilha, Wanélia Vieira Afonso e Wilza Peres

O câncer infantil é altamente curável, sendo essencial que o diagnóstico seja precoce e o tratamento realizado em centros especializados, com a participação ativa de equipe multiprofissional. Nessa trajetória que envolve o tratamento, o comprometimento do estado nutricional pode ocorrer a qualquer momento da doença, e é quase inevitável. Além disso, muitas vezes esse comprometimento não é diagnosticado somente com base em indicadores antropométricos clássicos, como a antropometria.

A precocidade em identificar os pacientes em risco nutricional facilita a recuperação, fazendo com que esses tenham uma terapia nutricional adequada e específica para suas necessidades, o que propicia uma melhora do prognóstico, principalmente frente a um quadro de gravidade clínica, como ocorre em uma Unidade de Terapia Intensiva.

Esta pesquisa apresentada é fruto das inquietações dos anos de vivência na prática do cuidado e na busca de métodos de avaliação nutricional capazes de predizer a condição nutricional desses pacientes, frente a uma situação de gravidade.  Trata-se de uma pesquisa inédita no Brasil sobre a temática da terapia nutricional no paciente crítico pediátrico com câncer, fruto da dissertação de mestrado da nutricionista Wanélia Vieira Afonso, nutricionista do INCA e aluna do Programa de Pós-graduação em Nutrição da UFRJ, orientada pelas professoras Patricia Padilha e Wilza Peres, ambas da UFRJ, além de contar com o apoio de profissionais da Sociedade Brasileira de Nutrição Oncológica.

O estudo foi realizado no Instituto Nacional de Câncer (INCA), e teve como objetivo avaliar a associação entre estado nutricional (antropometria e níveis de albumina) e Proteína C reativa com desfechos clínicos como tempo de internação na UTI e tempo de ventilação mecânica. Dentre as principais conclusões destacam-se que os critérios adotados no presente estudo para avaliação do estado nutricional não se associaram aos desfechos clínicos mais avaliados em pacientes críticos. Sugere-se que não sejam negligenciados na prática clínica. Entretanto, acredita-se que outros métodos, como a avaliação da composição corporal, o ângulo de fase e a avaliação subjetiva global, devam ser estudados em crianças com câncer em UTIP, diante de outros achados encontrados em crianças gravemente doentes.

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